Quantos de vocês já provaram a maravilhosa sericaia ao pequeno-almoço, quiçá acompanhada dum aromatico café preto servido numa caneca de barro ou mesmo de esmalte!? De certeza que se provaram, gostaram.
Mas o que é uma sericaia, ou será sericá? (existem os dois nomes). Uns dizem que a receita veio da Índia, outros que ela veio do Brasil. O que é certo e que desde as origens era executada em dois conventos alentejanos que se arrogavam de direitos de importação da receita. Um, o convento das Chagas de Vila Viçosa, outro, o convento das Clarissas de Elvas. Um convento entendeu chamar-lhe sericaia e o outro sericá. De uma forma ou outra, é só no Alentejo que este doce era feito, pois agora poderá ser confecionado tambem na tua casa.
Receita para 12 a 14 pessoas
Ingredientes
1 l de leite
1 pau de canela
12 ovos
500 g de açúcar
150 g de farinha
canela em pó, qb
sal, qb
casca de 1 limão
Preparação
Ligue o forno e regule-o para os 225°C (bem quente).
Leve ao lume, a ferver, o leite juntamente com a casca de limão, o pau de canela e uma pitada de sal. Retire do lume e deixe arrefecer.
Entretanto, bata muito bem as gemas com o açúcar até obter um creme fofo. Em seguida, dissolva a pouco e pouco a farinha no leite fervido, junte o creme de gemas e açúcar e mexendo sempre, leve a engrossar sobre lume brando.
Retire do lume, tire a casca de limão e o pau de canela e deixe arrefecer.
Bata as claras em castelo bem firme e incorpore, cuidadosamente, no preparado anterior, que deverá estar frio ou ligeiramente morno.
Pré-aqueça o prato de barro no forno...
Deite em colheradas desencontradas, o creme num prato fundo e bem largo de barro, uma é posta no sentido do centro para as borbas do prato e a outra atravessada, depois polvilhe abundantemente com canela e leve a cozer no forno.
Observações: Ao cozer o doce, este deverá abrir gretas (como nas imagens).
Poderá certificar-se tambem da cozedura, picando-o com um fio de esparguete, que a sair seco indicará a certeza de estar pronto.